As marés tem fluxo e refluxo.
Em seus fluxos e refluxos,
Trazem à tona conhecimento.
Ou será que leva pro mar aprendizagem ?
Talvez “água suja”.
Portas. ...
Acredito que sim.
Os pescadores entram nele o mar, por elas.
Elas quem ?
As portas ou as marés ?
Ai já não sei mais.
Ou será que ninguém me ensinou ?
Vou ficar aqui esperando o pescador voltar.
Ou será que ele se retirou talvez por dezoito anos ?
Pra que tanto tempo ?
Vou embora daqui.
Talvez quando ele voltar eu nem o reconheça.
Pode ser que volte ordenando que tudo acalme-se.
Ai não terá mais,
Marés, fluxo e refluxo, conhecimentos, aprendizagem, portas, mais nada.
Será que virei pescador ?
Acredito que não.
Nem sei de que lado lançar a rede.
Cuidado. ...
A vida passa.
O melhor mesmo é saber como morrer.
Não morrer no colo d’um ser metafísico,
Mas sim na imensidão do verde.
Sempre foi assim desde o início de tudo.
É doce morrer no mar,
Nas ondas verdes dos
“ensinar e aprender”.
São Paulo, 19 de Agosto de 2011.
Valdemar Santos NEVADA
Valdemar Santos NEVADA